Alyne Freitas Silva, presidente da Associação Brasileira de Aerossóis (ABAS), compartilhou insights valiosos com a World Aerosols sobre o notável crescimento da produção de aerossóis no Brasil. Entre 2011 e 2022, a produção anual aumentou em 500 milhões de unidades, impulsionada por dois fatores principais: a estruturação da indústria nacional para atender à demanda antes importada da Argentina e o crescimento do consumo interno.

Inicialmente, cerca de 55% dos aerossóis consumidos no Brasil eram importados da Argentina, devido a incentivos competitivos e à maturidade da indústria argentina. Em resposta, o Brasil implementou sua primeira planta de purificação de propulsores de hidrocarbonetos em 2011, reduzindo custos e aumentando a eficiência operacional.

Com apenas dois fabricantes de latas de metal e válvulas no país na época, a entrada de grandes multinacionais e fabricantes de matérias-primas como Fareva, Unilever e Beiersdorf fortaleceu a indústria nacional. Esse movimento não só impulsionou a autossuficiência, mas também tornou os aerossóis mais acessíveis para os consumidores brasileiros, resultando em um crescimento significativo no setor de higiene pessoal, onde o Brasil figura como o quarto maior mercado global.

Em 2022, o Brasil atingiu um pico de 1.225.000.000 de latas de aerossol preenchidas, superando os registros anteriores. Embora os anos de 2020 e 2021 tenham sido afetados pela pandemia, com redução no consumo per capita, houve um aumento na demanda por produtos de higiene pessoal e doméstica, como desodorantes, desinfetantes e purificadores de ar.

A ABAS continua analisando os dados de 2023, esperando revelar novos recordes de produção. A associação também está envolvida com a Federação Latino-Americana de Aerossóis (FLADA), promovendo práticas de segurança e sustentabilidade no setor.

Para saber mais sobre o crescimento dinâmico da indústria de aerossóis no Brasil e as tendências futuras, leia o artigo completo de Alyne Freitas Silva na revista World Aerosols.